quinta-feira, 15 de dezembro de 2011

O chato virtual

No post O chato, de 26 de setembro, falei sobre o chato real. O chato de carne e osso. Que convive conosco no dia-a-dia. Eu me esqueci de falar do não menos chato “chato virtual”. É igualmente insuportável. A internet é uma das grandes invenções humanas. Ela só não é perfeita por que trouxe, no seu bojo, o chato virtual. O pior é que o chato virtual é quase inevitável. Você pode até excluí-lo da sua página, mas não vai poder excluí-lo da rede. O que seria bem agradável. Ou criar uma rede só para chatos. O grande problema é que o chato não se acha chato. Somente suas vítimas o acham. Ele se acha “cabeça”!

No MSN não há coisa mais chata do que o excesso de “emotions”. Tem gente que coloca tanto “emotions” que temos que traduzir o que ele escreveu. Sem contar aqueles que não respeitam o seu status. Você coloca “ausente” ou “ocupado”. Quando menos esperamos: “oiew” ou “Oieeeeeee”. Uma animação que contrasta com a sua irritação. Não respondo! No Orkut tem aquelas pessoas que te mandam, no mínimo, três daqueles recados animados por dia: “Bom dia”, “Boa tarde” e “Boa noite”. E entre eles mais recados com mensagens inúteis. E na sexta ainda te manda um de “bom final de semana”! Achou pouco? Tem mais. Aos sábados e domingos, além dos já tradicionais, ainda te mandam o de “Bom sábado” e o de “Bom domingo”.

Procuro não ser indelicado. Porém, mais de uma vez mandei recadinhos pedindo para que a pessoa me esquecesse e parasse de me mandar esses irritantes recados. O chato virtual adora letra de música. Tem gente que fica o dia bombardeando toda a rede com refrões de músicas. Outra mania do chato são as frases de escritores. O escritor da moda entre os chatos no Facebook é Caio Fernando Abreu. O sujeito nunca leu um livro dele. Eu diria mais: nunca leu nem uma página de um livro dele! Mas fica copiando suas frases como se fosse um expert no assunto (todo chato é expert em alguma coisa. Alguns são expert em tudo) Não conseguem criar uma vírgula, então copiam. Além de chato é burro. Depois de tudo isso, fico me perguntando: será que o chato não sou eu?

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