sexta-feira, 2 de dezembro de 2011

O amigo da onça

“Você quer um amigo? Compre um cachorro”. Um amigo meu costumava dizer isso para enfatizar o quanto é difícil encontrar um amigo humano. Ele está certo! Pena que os cachorros não possam dizer o mesmo dos humanos. Não sei se o cão é o melhor amigo do homem, mas que é um amigão fiel, não há dúvidas. Não interessa como você chega em casa: de bom ou mau humor, com ou sem dinheiro, com ou sem stress, ele sempre está lá, abanando o rabo, com um “sorriso” na cara. Tudo isso em troca de quase nada, basta um rápido carinho e ele estará feliz. Sem contar que o seu cão lhe presta um serviço de segurança quase de graça.

Uma verdadeira relação de amor? Nem sempre. Algumas notícias deixam a todos estarrecidos pela banalidade com que algumas pessoas usam da violência contra o seu animal de estimação. Vi há umas três semanas o caso de Lobo, um rottweiler que foi amarrado ao pára-choque do carro e arrastado pelo dono, o mecânico Cláudio César Messias, por ruas de Piracicaba, no interior de São Paulo, e acabou morrendo uma semana depois, após ter uma pata amputada. O acusado, que foi denunciado por testemunhas, alega que arrastou Lobo por acidente. Se condenado, Cláudio está sujeito a uma multa de R$ 1.500,00. Muito pouco diante de tamanha crueldade e ingratidão.

No dia 17 de novembro, um dia depois da morte de Lobo, um grupo de pessoas indignadas com a crueldade contra o cão, lançou um abaixo assinado, no site Petição Pública, pedindo punições mais severas para casos de maus tratos a animais domésticos. Por que não aplicar a mesma lei que é usada para crimes ambientais, cujas penas são mais severas? É só mudar a lei, que trata de animais silvestres e estenderem a proteção aos animais domésticos. Quem sabe o homem não deixa de ser esse amigo da onça que tem sido? Isso se a onça quiser a sua amizade...

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