sexta-feira, 16 de dezembro de 2011

Lei da Palmada

A Câmara dos Deputados aprovou na última quarta o projeto de lei que proíbe o uso de castigos corporais em crianças e adolescente, a popular Lei da Palmada. Relatado pela deputada Teresa Surita (PMDB-RR), o projeto prevê que pais que maltratem os filhos devem ser encaminhados a programa oficial de proteção à família e a cursos de orientação, tratamento psicológico ou psiquiátrico, além de receberem advertência. Já a criança deve ser encaminhada a tratamento especializado. Imagine uma lei inócua, inútil e desnecessária. Imaginou? É essa! Letra morta.

A maioria das famílias é favorável à palmada. Mesmo que a ela não recorra. Mesmo por que palmada não é espancamento. E o espancamento já tem punição prevista no Código penal. Então pra que essa lei? Absolutamente desnecessária! Desde quando palmada causa traumas irreversíveis? Quantos, com mais de 30, como eu, não levou palmadas e continuaram vivinhos e desfrutando de sua normalidade psicológica? A rigor, as famílias modernas tendem a ser permissivas demais, e aí eu me incluo. A molecada precisa de conhecer certos limites. A preocupação maior não é com a criança que tem família que lhe dá palmadinhas, é com as milhares de crianças que não conheceram seus pais e estão abandonadas, seja nas ruas ou em instituições.

Sei que petista adora estatizar. Mas estatizar os filhos já um pouco de exagero. Sem contar que a Lei da Palmada representa uma intromissão na vida privada dos brasileiros. O governo já determinou onde podemos fumar e quando e em que circunstância podemos beber. Já definiu que é proibido ter armas legais, mesmo dentro de casa. Tenta determinar, mas até agora não conseguiu, o que podemos e o que não podemos assistir. Temo que, desobedecendo, esteja sujeito a umas palmadas no bumbum.

Nenhum comentário:

Postar um comentário