segunda-feira, 4 de novembro de 2013

Cinema nacional: Minha mãe é uma peça

Após sete anos em cartaz, o ator Paulo Gustavo resolveu levar para a telona seu personagem, dona Hermínia. Minha mãe é uma peça (2013), dirigido por André Pellenz, é o filme nacional com maior bilheteria em 2013e ultrapassou fácil os 4 milhões de espectadores. O monólogo, que agora foi levado aos cinemas, foi criado em 2004 quando o ator Paulo Gustavo ainda era aluno na Casa das Artes de Laranjeiras e, segundo ele próprio, inspirado na sua mãe, inclusive ao final do filme é apresentado um vídeo com a “mãe inspiração”.
Dona Hermínia (interpretada pelo próprio Paulo Gustavo) é uma mulher de meia idade, aposentada, divorciada de Carlos Alberto (Herson Capri), que a trocou por uma mulher mais nova, Soraya (Ingrid Guimarães), que cansada da “folga” dos seus filhos, Marcelina (Marina Xavier) e Juliano (Rodrigo Pandolfo), decide sair de casa para passar uns dias com uma tia. Apesar da distância, não consegue parar de se preocupar com os filhos que, a principio, ficam eufóricos por se livrarem as chatice da mãe, mas depois percebem que não terão como se virar sem ela.  
A comédia familiar é uma constante no cinema brasileiro, por isso às vezes as piadas ficam repetitivas. Nesse aspecto, Paulo Gustavo e Felipe Braz, que assinam o roteiro, conseguem se esquivar do óbvio e dão uma cara mais definida e equilibrada aos personagens. Dona hermínia não é apenas uma “mal amada” que vive destilando seu azedume contra o ex-marido, mas  também manifesta afeto aos seu filhos que, por sua vez, não são os típicos “aborrescentes” estereotipados, mas sabem demonstrar apreço pela mãe. Com um contexto e uma trama bem definida, a comédia fica bem mais engraçada...

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