quarta-feira, 18 de janeiro de 2012

A pirataria

A pirataria é considerada um dos maiores males socioeconômicos do mundo e está presente em 95% dos países. Responde por 10% do comércio mundial e movimenta pouco mais de U$ 1 trilhão por ano, podendo chegar, em 2015, a U$ 1,7 trilhão. Mas que faz da pirataria algo tão atrativo? Primeiro, o preço, que é barato. Copiar sai mais barato que desenvolver um produto. Segundo, a lucratividade. Com alta demanda e baixo custo de produção, estima-se que o lucro da pirataria é 60% maior do que o lucro do tráfico de drogas. E terceiro, a impunidade. A pirataria conta senão com a aprovação, pelo menos com a leniência da sociedade.

A pirataria é condenável sob qualquer aspecto, principalmente quando se tratam de produtos que colocam em risco a saúde dos consumidores, como remédios e produtos de higiene. Vou me ater a um ramo que, me atreveria a dizer mesmo não tendo dados em que me apoiar, é um dos mais pirateados: o de CDs e DVDs. Outros dois fatores, além do baixo preço (um DVD original não custa menos de R$ 20,00, enquanto a versão pirata custa dez vezes menos), contribuem para fazer desse setor um dos mais populares dentre os pirateados: a omissão do poder público e leniência de setores a eles relacionados, como o de fabricantes de aparelhos de CDs e DVDs.

As calçadas das cidades estão apinhadas de vendedores e compradores de CDs e DVDs piratas. A repressão é esporádica ou inexistente, tanto que é um setor em expansão. Como o poder público não reprime, então por que os fabricantes de aparelhos não criam dispositivos que bloqueiem esses CDs e DVDs, evitando, assim, a reprodução pirata? Por que os fabricantes querem vender e ninguém irá comprar um aparelho que não abre o seu DVD pirata que custou R$ 2,00. A pirataria se expande com a conivência, a leniência e a omissão de todos. Atire a primeira pedra quem nunca comprou um produto pirata sabendo da sua origem.

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