sábado, 11 de fevereiro de 2012

O "time de Deus"

O secretário-geral da presidência, Gilberto Carvalho, falou, durante o Fórum Social que a próxima batalha é contra os evangélicos, “conservadores que têm uma visão de mundo controlada por pastores de televisão”. O ministro mentiu? Não. Mesmo assim atraiu a ira do senador Magno Malta (PR-ES), que da tribuna do Senado lançou impropérios contra o ministro (olha o castigo de Deus): “safado”, “mentiroso” e “camaleão”. Por que tanta ira, senador? A verdade dói? Mesmo o senhor não querendo admitir, todos sabem que o rebanho acéfalo é orientado por tele pastores.

O próprio senador termina por confirmar a fala do ministro quando afirmou, ainda na tribuna do Senado, que ajudou, a pedido do próprio Carvalho, a “desatanizar” Lula na campanha presidencial de 2002. Como ele, entre outros pastores, conseguiu isso? Com argumentos ideológicos? Claro que não. O rebanho nem sabe o que é isso. Bastou falar do púlpito e o rebanho aceita. O senador confirmou outra vez a fala do ministro quando diz que ajudou Dilma, na campanha de 2010, outra vez a pedido de Carvalho. Como ele fez isso? Não foi com argumentos políticos. Basta dizer que Deus castiga se não fizer o que o pastor manda.

“Lave a sua boca com álcool seu Gilberto Carvalho. Você precisa aprender a respeitar as pessoas. Vá procurar sua turma. Está brincando com quem?”, disse o senador. Falar mal dos evangélicos tomando uísque deve ser melhor ainda. Dizer que os evangélicos são conservadores não é falta de respeito. É uma constatação! São conservadores e são teleguiados sim. Ou será que não se pode mais falar do “time de Deus”? Se metade dos evangélicos tivesse capacidade de discernimento, muitos políticos evangélicos não estariam onde estão e os tele pastores não seriam bajulados pela classe política.

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