terça-feira, 7 de fevereiro de 2012

Insensatez de farda

Digo de cara que não sou contra policiais militares fazerem greve. Mas faço uma ressalva: trabalhador não faz piquete de arma em punho. Isso é coisa de bandido! Greve com arma em punho deixa de ser greve a passa a ser banditismo. Piquete com arma em punho deixa de ser piquete e passa a ser formação de quadrilha. Mas é dessa forma que policiais têm feito Brasil afora nos seus movimentos reivindicatórios. É impossível, dessa forma, conquistar a simpatia da população para a sua causa. Além dos abusos, é ela a maior afetada pela greve: na Bahia os homicídios mais do que dobraram desde que começou o movimento.

E por falar na Bahia, os policiais militares de lá vem cometendo uma série de crimes. Invasão de prédio público (o da Assembléia Legislativa), roubo (de viaturas e armas dos quartéis) e formação de quadrilha. Acha pouco? Ainda estão usando suas mulheres e seus filhos como escudo para evitar que tropas do exército invadam o prédio da Assembléia para desalojá-los. E querem responsabilizar as tropas federais pelo que acontecer com os seus familiares. A responsabilidade é de quem os colocou lá dentro. Ou seja, os próprios policiais.

É indiscutível que o policial militar precisa ser valorizado. É uma profissão perigosa que requer preparação constante. Mas na Bahia a insensatez vestiu a farda, a burrice triunfou. Os policiais tiraram suas fardas e travestiram-se de bandidos. Deixando a população a mercê da violência, o movimento de greve perde toda legitimidade. A partir do momento em que os militares esquecem os princípios basilares da hierarquia e da disciplina que o rigor da legislação militar (Código Penal Militar e Regulamento Disciplinar) os impõe se justifica os mandados de prisão e o uso da força que as autoridades estão usando contra os grevistas.

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