terça-feira, 23 de outubro de 2012

Divergências no reino dos céus


Os representantes de Deus na terra estão brigando. Há divergências entre os supremos representantes divinos na terra. Tudo isso por casa de uma eleição. Ou ela que trouxe à tona as divergências.  Antes de ontem, o candidato do PT a prefeitura de São Paulo, Fernando Haddad, recebeu o apoio de 20 líderes religiosos. Foi apresentada uma pauta de reinvindicações, mas do que eles mais reclamaram foi da “perseguição e do clima de medo” impostos pela atual administração municipal (que apoia José Serra e a qual Haddad se opõe) através da aplicação de multas e o fechamento de templos religiosos com a aplicação da lei do “Psiu”.
A dita lei regulamenta o barulho feito por casas noturnas, bares, boates e templos religiosos. Nada mais correto! Por que será que evangélico tem que orar aos gritos? Será Deus surdo? Não sou um sujeito dado à orações, acho-as inócuas, mas acredito que tal gesto é contemplativo, voltado para o interior do seu ser. Sem contar que fé é algo pessoal e intransferível, não dá para ficar alardeando histericamente no que você acredita. Tem que multar mesmo! E se não obedecer tem que fechar mesmo! Não somos obrigados a ouvir o que não queremos.
O grupo de apoio a Haddad fez críticas ao também pastor Silas Malafaia (aquele que tem uma obsessão freudianamente não explicada contra os homossexuais), da Igreja Vitória em Cristo, que se opõe ao candidato petista por (adivinhem!) ter lançado, quando era ministro da educação, o “kit gay”, que nada mais é do que um kit com um DVD que tem o objetivo de combater a homofobia nas escolas. O pastor ficou histérico! A dúvida agora é: qual dos dois grupos será condenado ao fogo dos infernos e qual será recebido nos braços celestiais? Quem morrer primeiro saberá! 

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