sexta-feira, 26 de outubro de 2012

O amante... Outra vez


No dia 22 de setembro comemora-se o dia do amante. Registrei aqui no blog , na ocasião, a data (link abaixo). Naquela oportunidade, falei que, no triângulo amoroso do qual faz parte, esse personagem é o lado mais importante por que é essa figura que dá sustentação ao casamento, mesmo na clandestinidade (ou não!). Recebi três tipos de comentários: aqueles que concordavam comigo (poucos), aqueles que levaram na brincadeira (um pouco mais) e os indignados (muitos). Mas descobri que não estou só nas minhas ideias que atentam contra “a moral e os bons costumes”, expressão usada por alguns dos meus críticos.
A socióloga britânica Catherine Hakim (foto acima), pesquisadora da London School of Economics, entrevistou usuários de sites para infiéis e chegou à conclusão que os casais felizes traem. A pesquisadora faz até uma analogia gastronômica sobre o assunto: “Gostar de comer em casa diariamente não nos impede de ir ao restaurante de vez em quando”.  Segundo ela, em países onde a infidelidade é vista como um pecado grave e um erro imperdoável, como os Estados Unidos, metade dos casamentos acaba em divórcio. Na Europa, onde a fidelidade no casamento não é algo tão importante assim, as taxas de divórcio são bem menores. Na Espanha e na Itália, giram em torno de 10%.   
Hakim já teve um livro lançado no Brasil, Capital erótico, onde defende o direito das pessoas de usar a beleza para subir na vida. Agora, acaba de lançar The new rules: internet dating, playfairs erotic power (em tradução livre, As novas regras: encontros pela internet, casos rápidos e poder erótico) sem previsão de lançamento no Brasil, onde traz as suas conclusões sobre a pesquisa feita nos sites de infidelidade.  
Voltando aos comentários recebidos, fui insistentemente acusado de atentar contra a moral e os bons costumes e de ser um pervertido (olha o elogio!).  Só acho que a monogamia deve ser uma questão de escolha do casal, não uma imposição. Com relação à moral, o bom costume e o pudor, nada tenho a me opor, desde que eles não passem da porta do quarto. Aliás, não passem nem pelo corredor para não ruborizar com o que vai ouvir. O quarto (ou outro lugar qualquer da escolha de quem usa) deve ser um altar à devassidão. Só uma perguntinha com relação à analogia gastronômica feita pela socióloga: pode ser rodízio?   

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