quinta-feira, 17 de maio de 2012

A literatura na telona


Essa semana estava assistindo Bufo & Spalanzani, um ótimo policial brasileiro, dirigido por Flávio R. Tambelini e baseado no livro homônimo de Rubem Fonseca. Fiquei a pensar em como a telona é dependente da literatura. São inúmeros os exemplos: Harry Potter, Ben Hur, Xangô de Baker Street, entre muitos outros. Raro é o contrário: um filme transformar-se em livro. Confesso que, não sendo um apaixonado por cinema, apenas um “simpatizante”, prefiro ler a assistir.
O 65º Festival de Cannes corrobora essa ideia. O livro de Jack Kerouac, On the road, será adaptado para o cinema dirigido por Valter Sales e produzido por Francis Ford Coppola.  Cosmópolis, baseado no romance de Don de Lillo, será estrelado pelo bonitão de Crepúsculo, Robert Pattinson, e será dirigido por David Cronenberg. Ambos os filmes serão lançados nos cinemas em 23 de maio. Entre os filmes franceses também há uma adaptação de Eurídice, de Jean Anouilh.
A série de livros infantis Ernest e Célestine, de Gabriele Vincent, com roteiro escrito pelo escritor Daniel Pennac. Meu sentimento por essa prevalência da literatura na telona é ambíguo. Ao mesmo tempo em que mostra importância da literatura, pode significar mais pessoas lendo menos. Para que o “sacrifício” da leitura, a mentalização do que está na página do livro, se o cinema já traz tudo prontinho?    

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