domingo, 13 de março de 2011

O adultério e o casamento

Pesquisa da Fundação Perseu Abramo e do Sesc indicam que 12% das mulheres traem. Há nove anos eram 7%. Outro estudo, do Projeto Sexualidade (prosex) da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP), mostra que metade das mulheres já teve algum tipo de relação extraconjugal. Sem querer ser radical, eu diria que esses números não refletem a realidade. Ele é muito maior! Não fiz nenhuma pesquisa, mas acredito que todos traiam, homens e mulheres. Não por desvio de caráter ou pela falta dele. Mas por que o ser humano, como muitos outros animais na natureza, não é um monogâmico. A monogamia é cultural, é um valor imposto pelo meio social.

Para aliviar a culpa, o adúltero busca razões que justifiquem o seu ato. Na primeira pesquisa, 35% das mulheres afirmaram que traíram por vingança. Não creio. As pessoas traem por que querem. Por que sente atração por outra pessoa. Só que é muito difícil admitir isso, não apenas para o parceiro traído, mas para todo o círculo social, sendo preferível buscar outras razões. Deixando bem claro que as minhas “conclusões” não se baseiam em pesquisas, ma apenas nas minhas convicções.

Aliado a essa vontade pura e simples do adúltero em trair, podemos colocar o modelo de casamento em voga. Ele está falido! O pacto de exclusividade inerente ao modelo é uma peça de ficção e só serve para fazer os casais viverem mal. Prova inconteste é o crescimento de 200% na taxa de divórcio entre 1984 e 2007, segundo o IBGE. Não sou contra o casamento! Não acredito nesse modelo de casamento. Mas acredito na capacidade infinita do ser humano de amar.

Um comentário:

  1. Sempre acreditei que a traição se dá em iguais proporções, para a mulher trair é necessário um homem e vice-versa (pelo menos no mundo hetero).

    A questão é que a relação a dois, popularmente divulgada, é muito romantizada. Foi difundida a idéia do “felizes para sempre”, do “amor tudo vence”, da “paixão infinita”, “do primeiro amor não se esquece” blá blá blá.

    Os seres humanos se “entregam” a qualquer “coisa” que aparece pela frente na esperança de terem encontrado o amor verdadeiro, e isso sem dúvida é um prato cheio para o adultério. Se desde o início a relação fosse encarada com maturidade, com a certeza de que o amor é construído dia-a-dia e debaixo do mesmo teto, haveria zelo para com o(a) companheiro(a). A preocupação em conquistar todos os dias eliminaria o “interesse” pela traição.

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