terça-feira, 24 de julho de 2012

A regulamentação da profissão de prostituta


Recentemente, ouvi o seguinte diálogo:
- Você viu? Tão querendo regulamentar a prostituição.
- Era só o que faltava. Tanta coisa mais importante...
As pessoas do diálogo referiam-se ao Projeto de Lei do deputado federal Jean Willys (PSOL-RJ), que regulamenta a profissão e baseia-se na legislação alemã. Regulamentar a profissão de prostituta não é mais importante nem menos importante. É simplesmente importante!
É espantoso como as pessoas balizam seus conceitos apenas em valores religiosos sem se preocupar com o bem estar do seu semelhante (o que não deixa de ser um paradoxo). A prostituição é uma realidade em todo o mundo e regulamentá-la significa dar dignidade e proteger não apenas a prostituta, mas também o cliente que contrata seus serviços. Não é possível tapar o sol com hipocrisia. Amar o pecador, mas condenar o pecado é a maior delas. Pecado é tudo aquilo que temos medo. O amor é incondicional e quem ama quer o bem.
Com um pouco de boa vontade (e desprovido de preconceitos) é possível fazer um paralelo entre a “profissional do sexo” e qualquer outro profissional. Quando trabalhamos “vendemos” nosso corpo ao nosso empregador. A diferença é que a prostituta “vende” uma determinada parte do corpo que as religiões cristãs insistem que deve ser usada apenas para procriar. Acreditar que devemos fazer sexo apenas para procriar é o mesmo que acreditar em Papai Noel. As pessoas trepam por prazer! A gravidez é apenas uma consequência. Às vezes, uma inconsequência.  Puta que o pariu!!! (perdão pelo trocadilho). 

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