domingo, 13 de setembro de 2015

Um bonde chamado desejo – Tennessee Williams

A aristocrática sulista decadente Blanche DuBois vai visitar a irmã grávida, Stela, e seu cunhado, Stanley kowalsky, em New Orleans. Professora de inglês, Blanche se refugia na casa da irmã para fugir do seu passado recheado de escândalos e histórias nebulosas. O problema é que a professorinha vai encontrar problemas de sobra na figura do seu cunhado grosseirão, um militar polonês que não “engole” os maneirismos aristocráticos da cunhada grã-fina. Para complicar a situação de Blanche no minúsculo apartamento em que vive o casal, Stanley descobre algumas das histórias que a decadente aristocrática tentava esconder.
De posse das informações sobre o passado da cunhada, Stanley faz de tudo para “melar” o incipiente relacionamento entre Blanche e Mitchie, um amigo de Stanley, um rapaz bem intencionado que cuida da mãe doente. Com uma história aparentemente simples, Um bonde chamado desejo, do dramaturgo americano Tennessee Willians, não se tornou um clássico dos clássicos do teatro à toa. Com uma escrita fácil e refinada, Tennessee sempre queria dizer algo mais do que aparentava, a começar pelo título da peça, que refere-se ao nome do bonde (Desire, uma rua de New Orleans), que Blanche teria que pegar para chegar à casa da irmã.
Essa peça estourou na Broadway em 1947, tendo Marlon Brandon no papel principal e rendeu ao autor o Prêmio Pulitzer do mesmo ano. O sucesso foi tanto que o diretor da peça, Elia Kazan, pediu autorização de Tennessee para fazer o roteiro cinematográfico e o filme, lançado em 1951 e dirigido pelo próprio Kazan e estrelado pelo mesmo Marlon Brando, recebeu 12 indicações para o Oscar, ganhando três. Mas nem só de prêmios viveu o filme: a química entre Brando e Vivien Leigh, que interpretava Blanche, era tão forte que o filme foi considerado erótico demais para a época.      

Nenhum comentário:

Postar um comentário