domingo, 27 de setembro de 2015

O jogo de Ripper – Isabel Allende

Isabel Allende é uma escritora prolífica, com 23 livros publicados, fora as peças de teatro. Acho-a uma escritora fantástica e vários dos seus livros estão entre os melhores que já li na vida, como A casa dos espíritos (1982), Retrato em sépia (2000) e A filha da fortuna (1999). Sem contar Paula (1995), um relato comovente da doença e posterior morte da filha da escritora. O jogo de Ripper é o seu 23º livro, publicado em 2012, e sua primeira experiência no gênero policial.
Amanda Martin é filha do inspetor-chefe do Departamento de Homicídios de São Francisco, Bob Martin, e de Indiana Jackson, uma criatura meio “riponga” que trabalha numa clínica holística. A garota de 16 anos se diverte desvendando crimes de mentira com seus amigos virtuais espalhados pelo mundo via Skype (esse é o jogo de Ripper). Até que crimes de verdade começam a acontecer na cidade e a turma, abastecida com informações privilegiadas dadas pelo pai de Amanda, começa a investiga-los. 
Não sei se criei uma expectativa exagerada por se tratar de um livro de Isabel Allende, uma das minhas escritoras preferidas, mas confesso que o livro não correspondeu às essas “exageradas” expectativas. Por se tratar de um Thriller (assim foi anunciado) esperava uma narrativa mais dinâmica, o que não acontece. Nas primeiras 150 páginas a história se arrasta com a exposição de muitos detalhes dos personagens, que é uma característica da escritora. Mas o livro não é ruim! Inclusive atende uma das “exigências” dos Thrillers: é quase impossível saber quem é o verdadeiro assassino até que ele seja anunciado no final da trama.
Mas Isabel Allende tem créditos de sobra e vale a pena conhecer mais uma das suas obras. Mesmo que não seja a melhor delas.


Nenhum comentário:

Postar um comentário