quarta-feira, 30 de setembro de 2015

Aura – Carlos Fuentes

Em Aura, pequena novela do escritor mexicano Carlos Fuentes, publicada pela primeira vez em 1962, o jovem professor de história Felipe Monteiro lê nos classificados do jornal um anúncio de emprego tentador: uma vaga de secretário com boa remuneração, cama e comida. De tão bom, Felipe ignora-o na primeira vez em que ler. Quando, dias depois, volta a ler o anúncio, resolve se candidatar ao emprego.
“Você lê esse anúncio: uma oferta assim não é feita todos os dias. Lê e relê o anúncio. Parece dirigido diretamente a você, a ninguém mais.”   
Num casarão antigo, completamente às escuras, perdido no meio da modernidade urbana, Felipe conhece a senhora Consuelo, a decrépita viúva do general Llorente, uma senhora que parece ter bem mais idade do que um ser humano é capaz de viver. A tarefa pela qual será muito bem remunerado consiste em organizar os manuscritos memorialísticos do falecido general. Para isso, uma exigência da contratante: Felipe teria que morar na casa até terminar a tarefa.   
É nesse ambiente lúgubre que Felipe conhece a bela e misteriosa Aura, que o serve enquanto está hospedado na velha casa. Entre fatos estranhos que acontecem na casa, como gatos que num dia miam em outro agonizam, mas que a velha Consuelo insiste em negar-lhes a existência, o jovem professor se apaixona por esse anjo-demônio, velha-jovem, pessoa-fantasma que é Aura. Um livro para se ler de uma sentada.

Nenhum comentário:

Postar um comentário