sexta-feira, 11 de julho de 2014

Sapiens rés ou: Brasil- sil- sil- sil



Eu vi Black Bloc de verde e amarelo torcendo pela Seleção Brasileira. Eu via a Mídia Ninja cobrindo a concentração canarinho e pedindo autógrafo do Neymar. Eu vi uma multidão acompanhando o ônibus da seleção a caminho dos estádios. Eu vi o patriotismo aflorar em cada canto desse país, pintado com as cores da bandeira nacional desde o asfalto das ruas aos cabelos dos patrióticos cidadãos.
Tudo isso até a “fatídica” derrota do nosso esquadrão para a Alemanha por 7 a 1. A partir daí, os Back Blocs e sua Mídia Ninja já avisaram que a “revolução vai começar”, não se vê mais ninguém acompanhando o ônibus da Seleção (só para xingar) e vi seis desamparados torcedores à espera dos “heróis” na porta da concentração. O patriotismo do brasileiro dura 90 minutos! Dependendo do resultado, uma prorrogação ou uma decisão por pênaltis.
Não defendo a baderna. Acho que lugar de Black Bloc vândalo é na cadeia. Mas se o sujeito diz que “não vai ter Copa”, tente fazer valer a ameaça e saia na rua durante os jogos e faça muito barulho para que sua reclamação seja ouvida. Mesmo que tenha Copa, faça com que todos ouçam a sua insatisfação. Mas isso não aconteceu! Até o governo acreditava que o mês da Copa seria um mês difícil, com reforço da segurança nas cidades sedes.
E o que se viu? Lágrimas de revolucionário Black Bloc depois da derrota para a Alemanha. Prantos revolucionários patrióticos depois do 7 a 1. E por que isso? Por que brasileiro é frouxo! Brasileiro é revolucionário de sofá. Nas redes sociais eles denunciam “conspirações” de que o Brasil comprou a Copa para Dilma ganhar a eleição; depois da derrota acachapante na semifinal, a “conspiração” é que o Brasil vendeu a copa não sei exatamente para que.  
O brasileiro, do alto da sua sapiens rés, imbuído de todo o seu senso de oportunidade e impregnado do sentimento originário da lei de Gerson, prefere ficar ao lado dos vencedores, mesmo que os perdedores tenham sido os antigos “heróis” da Seleção canarinha. 
  

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