segunda-feira, 7 de julho de 2014

Cinema nacional: Primeiro dia de um ano qualquer

Uma cópia pirata de um filme qualquer de Wood Allen. Assim poderíamos definir Primeiro dia de um ano qualquer (2012), escrito, dirigido, interpretado e narrado por Domingos de Oliveira. O próprio Domingos de Oliveira confessa que sua maior influência vem do artista norte-americano. Mas nesse filme o diretor brasileiro exagerou, mesmo por que todas as referências a Wood Allen estão concentradas no diretor. Ele dirigiu, roteirizou, interpretou um dos principais personagens (Napoleão) que é também narrador de toda a história.
No primeiro dia do ano, vários personagens (todos com alguma crise) se encontram numa bela casa de campo. Detalhe: o filme foi feito na casa de Maitê Proença, que interpreta a dona da casa, Consuelo. Pelo menos três casais em crise aparecem na história, entre eles o do próprio narrador, que é casado com uma mulher bem mais jovem, que resolve pular a cerca com o motorista de Consuelo, fato encarado com maior gravidade pela dona da casa do que pelo marido traído.
Apesar de ser um drama, Domingos de Oliveira tentar colocar umas piadinhas no roteiro, quase todas sem graça. A única que ainda consegue fazer o espectador da uma risadinha é a cena em que Ney Matogrosso, que faz uma participação especial, é humilhado por criancinhas enquanto canta num Karaokê. Se você conseguir entender a dicção do narrador (domingos de Oliveira, aos 76 anos, enfrenta problemas de locomoção e fala), talvez consiga rir de mais alguma piada.

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