quarta-feira, 4 de setembro de 2013

O plano infinito - Isabel Allende

Sou assumidamente fã da escritora chilena Isabel Allende. Li quase todos os seus livros, exceção feita aos infantis, gênero que não me trai. E tanto nos romances, como nos contos e nas memórias, Isabel Allende se caracteriza pela escrita fácil que prende o leitor. Não é diferente de O Plano Infinito, sexto livro da escritora, lançado em 1993, e o primeiro a ter como cenário os Estados Unidos e seus personagens tipicamente americanos.  Está longe do primor de A casa dos espíritos, de 1982, ou da sensibilidade de Os cadernos de Maya, de 2011, mas é uma obra que merece a atenção do leitor.
Gregory Reeves é filho de um pregador lunático e errante do Plano Infinito (religião? Filosofia? Os dois? Ou nenhuma dos dois?) e de uma mãe fria e distante. Depois da morte do pai, a família, a mãe e a irmã de Reeves e Olga, uma amiga da família, se estabelecem numa comunidade hispânica na Califórnia. Lá encontrará aqueles que lhe servirão de exemplos: Pedro e Imaculada Morales; Carmen Morales, que será sua amiga por toda a vida; e Juan José, que compartilhará com ele as experiências de morte no Vietnã.
Ao longo da vida, Reeves irá se relacionar com os mais variados tipos de pessoas, que de alguma forma irão influenciá-lo na formação do seu próprio Plano Infinito: Martínez, líder da gangue da escola, que o introduz de forma traumática no pesadelo do sexo; Olga, que lhe mostrará o lado bom do sexo; o negro King Benedict, que sofre de amnésia e será cliente de Reeves; Cyrus, um velho intelectual comunista que lhe inspira o senso de justiça social; Joan e Susan, feministas e vegetarianas, que mostrou a Reeves um novo conceito de família; Margaret, a filha drogada e rebelde; entre outros.
Plano Infinito mostra Isabel Allende com a mesma sensibilidade vista nas suas obras de memórias, como Paula e A soma dos dias, só que numa obra de ficção. Uma obra que mostra um homem na busca do amor, da amizade e de si mesmo. Apesar de denso, é um livro fácil de ler...   

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