quarta-feira, 17 de julho de 2013

Frankenstein – Mary Shelley

Ao lado de Drácula, de Bram Stocker, Frankenstein, da inglesa Mary Shelley, é considerado o maior clássico da literatura de terror e está entre os maiores clássicos da literatura universal. Shelley era casada com o poeta Percy Shelley e escreveu o livro numa brincadeira entre ela, o marido e o amigo escritor Lord Byron. Era o ano de 1816 e a escritora tinha apenas 19 anos. Dos três, apenas ela terminou a sua história de terror, que veio a se tornar um clássico da literatura mundial.
O romance é narrado na forma de cartas escritas pelo Capitão Robert Walton a sua irmã, Margareth, de um lugar longínquo e frio, onde o Capitão tentava encontrar uma passagem para o Polo Norte. De acordo com as cartas enviadas a Margareth, o navio do Capitão encontrava-se preso ao gelo quando resgatou um sujeito chamado Victor Frankenstein que, alternando momentos de lucidez com lapsos de insanidades, narra a história, que é repassada a Margareth pelo irmão através das cartas.
O jovem Victor acreditando na ciência e no progresso e ciente de que poderia, através do conhecimento, romper a barreira entre a vida e a morte, cria, a partir de matéria morta, o ser que passou a ser conhecido pelo nome do seu criador. Ao conseguir tamanha proeza, o jovem Frankenstein se revelou fraco e medroso, e abandonou a sua criatura a própria sorte. A beleza do “monstro” Frankenstein está na complexidade do seu comportamento, alternando comportamentos da mais pura bondade com um sentimento cruel e vingativo, dependendo da forma como a sociedade o trata.

Frankenstein, de Mary Shelley, não é apenas uma história de terror, mas uma história de buscas, de superação, de conhecimento, de solidão.  Uma obra inquietante, que comove, que revolta e emociona. Inquestionavelmente, um clássico!    

Nenhum comentário:

Postar um comentário