sexta-feira, 6 de dezembro de 2013

Nelson Mandela (1918-2013)

Quando vi aquela imagem pela primeira vez devia ter vinte anos ou um pouco mais do que isso. Várias pessoas dançavam (sem muito molejo, para os nossos padrões) com os braços dobrados a frente do corpo. No centro do grupo um senhor de cabelos brancos, olhos apertados, vestindo terno e um sorriso ao mesmo tempo terno e radiante. Era Nelson Mandela! Aquela imagem nunca mais saiu da minha memória e transformou-se na mais emocionante e simbólica imagem que já vi desde então.
Aquele que é considerado se não o maior, mas pelo menos uns dos maiores líderes de todos os tempos morreu ontem aos 95 anos. Já era de se esperar, afinal estava com idade avançada e saúde frágil. Mas mesmo assim é de sentir um nó na garganta por tudo o que ele representou não apenas para o povo sul africano, mas para a humanidade, a ponto da ONU instituir o dia do seu nascimento como o Dia Internacional Nelson Mandela, dedicado a luta pela liberdade, pela justiça e pela democracia.
Nelson Mandela nasceu na cidade de Mvezo, em 18 de julho de 1918, e transformou-se no maior líder sul africano ao se destacar na luta contra o Apartheid, o regime de segregação racial que vigorou na África do Sul de 1948 até 1994. Por causa das suas posições antissegregacionistas, passou 27 anos na prisão, de onde saiu para assumir a presidência da Republica, cujo mandato, de 1994 a 1999, se caracterizou pelas medidas antirracistas. Em 1993, antes mesmos de ser presidente, Mandela foi agraciado com o Prêmio Nobel da Paz.
O legado de Mandela para a humanidade ficou expresso num discurso, em julho de 2008, durante as comemorações dos seus 90 anos, em Hyde Park, Londres: "Onde quer que haja pobreza e doença, onde quer que os seres humanos estejam a ser oprimidos, há trabalho a fazer. Após 90 anos de vida, é tempo de novas mãos empreenderem a tarefa. Agora, está nas vossas mãos".

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