sexta-feira, 2 de março de 2012

Vai entender as mulheres

A cidadã entra num relacionamento, onde já há dois, como amante e como amante vive durante um bom tempo. O romance entre os dois titulares acaba e entra outra titular. É o fim da picada! A amante passa a cobrar a titularidade no romance. Afinal, a vez é dela! Sem conseguir o intento, escreve uma carta romântico-rancorosa rompendo o que não existia. Pois até onde eu sei relacionamento com amante não começa nem termina. A dita e famigerada carta sai (não se sabe por maldade de quem) no Diário Oficial. Se ela queria ser a oficial, se deu bem. Afinal, nada mais oficial do que o Diário Oficial. Com vergonha, ela pediu exoneração. Vai entender as mulheres.

Isso aconteceu no Diário Oficial do Tribunal Regional do Trabalho da 3ª Região, na Paraíba. Ao contrário do que disse a imprensa, não é uma “carta de amor”, está mais para “carta de rancor”, associado a uma melosidade de fazer inveja a comedor de jaca. Eu diria que o “gostosão” se deu bem se livrando da autora da missiva, que começa comEu fiquei muito mal comigo mesma...”. Não parece. Então por que não mandou a carta desaforada para ela mesma? Fica mal consigo e manda desaforos para os outros?

Numa outra passagem da carta, para mostrar as suas “boas intenções” com o boa pinta (sem trocadilho, por favor) ela disse que o convidou a se encontrarem na casa dela, “porque não me dou muito bem com as energias de motel”. E segue: “A minha energia sutil é que me sustenta e me protege e a respeito muito”. Camarada, perua energizada é a maior furada. Ou dá choque ou tem blecaute. Tô fora! Mas a missivista desiludida prova que é mulher de verdade. Devolve o presente do ingrato que sangrou seu coração (Eita! Peguei pesado agora.) e lasca um “Aproveitem-se!”, típico de mulher trocada por outra. Na realidade, ela queria, no fundo do seu coração hemorrágico, que ele se “aproveitasse” dela. Vai entender as mulheres.

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