sexta-feira, 9 de novembro de 2012

O dia D, de Drummond ll


No último dia 31 de outubro comemorou-se o dia D, de Drummond, quando o poeta mineiro Carlos Drummond de Andrade faria 110 anos. Na realidade, as comemorações se estenderam por quase todo o ano de 2012, com o início da reedição de toda a obra do poeta pela Companhia das Letras e nas homenagens da Feira Literária Internacional de Paraty (Flip), em julho. No “dia D” ponto alto das homenagens, foi lançada edição dos Cadernos de Literatura Brasileira dedicada ao poeta, uma publicação do Instituto Moreira Sales.  
Nos Cadernos foram reproduzidos manuscritos dos poemas Nota social e Carta à Stalingrado (na foto, acima). O primeiro poema sugere a chegada de um poeta a uma cidade que percebe questões simbólicas que passam despercebidas pela população. O segundo foi escrito no calor da hora e é um dos pontos altos da poesia engajada de Drummond. Fala de uma das batalhas mais sangrentas da Segunda Guerra mundial quando, segundo o poeta, “a poesia fugiu dos livros, agora está nos jornais”.
Além da trajetória do poeta, frases e aforismos, o volume também traz um ensaio fotográfico de Itabira, Belo Horizonte e Rio de Janeiro e datiloscritos de poemas e o manuscrito de um texto de 1911, quando o poeta tinha nove anos de idade.  As comemorações aos 110 anos de Drummond não se restringiram ao Brasil. Em Portugal, no Teatro Nacional São João, no Porto, houve a encenação da peça Cartas de Maria Julieta e Carlos Drummond de Andrade, idealizada pelo neto do poeta, Pedro Drummond.   

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