segunda-feira, 24 de outubro de 2011

Harlan Coben

Por preconceito, tendemos a valorizar mais os clássicos em detrimento dos contemporâneos (esquecendo que os clássicos um dia foram contemporâneos). Por preconceito, alguns críticos consideram o romance policial uma “literatura menor”. Confesso que tenho esse preconceito. Ou tive. Venho-o combatendo com certa dose de sucesso. Como recompensa, conheci alguns dos livros do escritor americano Harlan Coben. Confesso também que conheci esses livros por acaso. Mas valeu a pena. Com mais de 40 milhões de livros vendidos, Coben é o único escritor a receber os prêmios Shamus, Anthony e Edgar Allan Poe, que é a trinca de ases da literatura policial americana.

Li quatro romances dele: Cilada, Não conte a ninguém, Confie em mim e Quando ela se foi. Alguns escritores gostam de repetir a fórmula em seus livros, no caso de Coben a fórmula é o desaparecimento. Pelo menos nesses quatro que já li. No entanto, os enredos construídos em torno dos desaparecimentos diferem de um livro para outro. Coben repete a fórmula, mas mudas as dosagens. Como resultado temos histórias eletrizantes, verdadeiros thrillers que prendem a atenção do leitor do início ao fim. Não é a toa que Coben é chamado na França de “o mestre as noites em claro”.

São livros que se lêem de um fôlego só. Coben é mestre na arte de deixar “ganchos” (mistérios a serem desvendados no capítulo seguinte) ao final de cada capítulo. Isso prende a atenção do leitor. Sem contar que são histórias curtas, não passando das trezentas páginas. Por experiência própria confirmo o epíteto que Coben recebeu na França. Não consegui largar o livro até chegar ao seu final. Os livros de Harlan Cobem realmente não são clássicos (pelo menos por enquanto), mas são saborosíssimos e valem à pena ler. Com eles o tempo passa sem que percebamos.

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