quarta-feira, 26 de fevereiro de 2014

O herói discreto – Mario Vargas Llosa

Depois de O sonho do celta, de 2010, um romance marcado pela tristeza, Mario Vargas Llosa volta com O herói discreto, de 2013, um livro que tem a marca da lealdade e da ética estampadas em seus personagens principais. Situando sua ação em Lima e em Piura, duas cidades muito importantes na trajetória pessoal e literária do autor, o livro corre com duas histórias paralelas que, em algum momento, irão se encontrar. Os protagonistas das histórias são Felícito Yanaqué, empresário do ramo dos transportes, e Ismael Carrera, proprietário de uma corretora de seguros.
Felícito, empresário próspero e trabalhador pouco instruído que vive na cidade de Piura, num determinado dia recebe uma carta anônima com ameaças exigindo-lhe pagamento de uma taxa mensal para que nada aconteça a ele, à sua e aos seus negócios. A denúncia da chantagem à polícia vai dar origem a uma investigação cheia de percalços e surpresas. A quase mil quilômetros dali, Ismael Carrera, um bem sucedido dono de uma companhia de seguros resolve casar novamente, aos oitenta anos, com a sua empregada. O gesto de Ismael não é motivado apenas pelo amor, mas como uma forma de diminuir a parte na herança dos seus filhos gêmeos que levam uma vida desregrada e que torcem pela morte do pai.
Entre esses dois personagens está Rigoberto que, aos 62 anos, decide se aposentar antecipadamente para gozar melhor a vida ao lado da sua bela esposa, Lucrecia. O problema é que Rigoberto irá ser testemunha de casamento do seu patrão e amigo Ismael, o que atrai a ira dos filhos gananciosos deste. Em paralelo, Fonchito, filho adolescente de Rigoberto, mantém uma “amizade” com Edilberto Torres, que pode ou não existir, dilema que tira o sono de Rogoberto e Lucrecia. Um livro com enredo simplista e farsesco, mas que leva a “grife” Mario Vargas Llosa. Bom de se ler...     

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