quarta-feira, 2 de abril de 2014

Elizabeth I (O anoitecer de um reinado) – Margareth George

Se eu tivesse que definir Elizabeth I (O anoitecer de um reinado), da norte-americana Margareth George, diria que é um livro que tinha tudo para ser bom, mas não é. O leitor atravessa quase 800 páginas esperando o romance “deslanchar”, mas isso não acontece. É um calhamaço de descrições monótonas dos passeios da rainha pelo interior da Inglaterra, de procissões e de festas da corte com seus salamaleques. Em alguns momentos o leitor chega a acreditar que a “coisa” vai, mas aí voltam as monótonas descrições dos rituais da nobreza.
O romance cobre os últimos quinze anos do reinado de Elizabeth I, a rainha virgem, como era conhecida, filha de Ana Bolena e Henrique VII, o rei que deu início à Reforma Anglicana, que rompeu os laços da Inglaterra com a Igreja Católica. A narrativa vai de 1588, quando a Inglaterra vivia a ameaça da invasão espanhola, que contava com o apoio da Igreja católica, até 1603, com a morte da monarca. Uma fase essencial para os ingleses, pois a postura da rainha foi de fundamental importância para a formação do país enquanto nação.
A edição brasileira adicionou um aspecto negativo à obra: os erros de revisão. São frases faltando palavras ou com palavras duplicadas. Erros grosseiros! Em alguns casos, acredito que houve erros de tradução, como nessa frase: “Prendi a respiração, permaneci imóvel, para que não me movesse e mandasse uma mensagem por engano”. A frase não ficou sem sentido, mas ficou estranha, poderia ser melhor.  Mas nem tudo é ruim no livro. As descrições dos “salamaleques” da corte permite ao leitor reconstituir a vida dos nobres na Inglaterra do século XVI. Mesmo assim, não recomendaria a leitura...    



Nenhum comentário:

Postar um comentário