segunda-feira, 14 de outubro de 2013

Alice Munro

Na última quinta-feira, a Academia Sueca concedeu o Nobel de Literatura a escritora canadense Alice Munro, reconhecendo nela “um mestre do conto contemporâneo”. Munro já tinha sido agraciada com outros importantes prêmios literários, entre eles o prestigiado Man Booker International Prize, em 2009, e era uma candidata recorrente ao Nobel de Literatura nos anos anteriores. A escritora disse estar “surpresa e muito agradecida” por ter ganho o prêmio maior do meio literário. Não é para menos, afinal a Academia Sueca, que escolhe os agraciados, não costuma privilegiar o conto, gênero no qual Munro se destaca. 
Nascida em Ontário, em 1931, a escritora começou a sua carreira literária em 1950 escrevendo crônicas, mas somente em 1968 publicou seu primeiro livro de contos, Dance of the happy Shades. Três anos depois escreveu um livro com contos interligados, Lives of girls and women. A sua carreira somente se consolida em meados da década de 70, após seu segundo casamento. Munro reconhece a influência em sua obra de grandes escritoras, como Khaterine Anne Porter e Eudora Welty. Dos 14 livros da autora, apenas quatro foram lançados no Brasil.
Com o prêmio, Munro entra num seleto grupo de 13 escritoras que ganharam o Nobel e tem reconhecido o seu valor como a “Chekhov da América”, numa referência ao escritor russo Anton Chekhov, um doa maiores contistas da Literatura universal. Mas há quem não tenha gostado, como o escritor americano Bret Easton Ellis, que afirmou que Munro foi “superestimada” e que o Nobel é uma “piada”. Não se discute os méritos da escritora canadense, mas lamenta-se muito que o escritor norte-americano Philip Roth tenha, mais uma vez, sido preterido pela Academia Sueca. É esperar o próximo ano...  

Nenhum comentário:

Postar um comentário