O livro A segunda vez que te conheci, de Marcelo Rubens Paiva, é daquele
tipo que você ler quando está muito ocupado, quando o tempo é curto, não exige
muita concentração. Isso acontece por que o estilo do autor faz você imaginar
que ele está te contando a história num bate papo, numa roda de amigos. Os
parágrafos são curtos, a leitura flui com facilidade. Sem contar que é uma
história interessante, cheia de reviravoltas, suspenses e surpresas.
Raul é um cara que sabe o que
quer, tanto no trabalho como no amor. Mas é abandonado pela mulher por causa do
trabalho. Casa com a melhor amiga da ex e é abandonado novamente. Dessa vez
perde também o emprego de jornalista numa conceituada revista, demitido por um
sujeito que tem a metade da sua idade. É a partir daí que ele resolve mudar
radicalmente de vida.
Para preencher o vazio que tomou
conta da sua vida, sem mulher e emprego, Raul o preenche com mini saias,
decotes, calça brancas, batons
chamativos e mulheres que ele passou a chamar de suas “meninas”. Ou seja, ele
virou cafetão. Elas já tinham a profissão “cadastrada número 5.198: garota de
programa, meretriz, messalina, michê, mulher da vida, prostituta, puta, quenga,
rapariga”, como diz o autor. Apesar de toda a reviravolta na sua vida, Raul se
recusa a acreditar que o amor que sentia pela primeira mulher, Ariela, tenha
acabado e nunca perde a crença na reconciliação. Um bom livro...
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