sábado, 5 de maio de 2012

O livro pirata


Quando falamos em produtos piratas imaginamos calçadas cheias de banquinhas de camelôs recheadas de CDs, DVDs, produtos eletrônicos e roupas fabricadas de forma ilegal. No caso do livro, dificilmente (eu diria mesmo impossível) alguém verá uma banquinha com um sujeito anunciando a venda de um calhamaço. Mas há livros piratas! São os downloads ilegais, livros baixados de links não autorizados. O pen drive criou uma nova forma de livro de bolso.
Um dos motivos para a pirataria de livros é o preço. Os livros mais baixados são caros, são livros técnicos, de informática e best-sellers.  Outro motivo é o fato do e-book ainda ser uma raridade no país. Para cada cem livros físicos vendidos, vende apenas um digital. Para efeito de comparação, nos Estados Unidos a relação é de cem livros físicos para 105 e-books. 
Apesar da preocupação das editoras, que em 2011 conseguiram tirar cerca de 48 mil links não autorizados que fazia cópias de livros, há autores que até incentivam a pirataria dos seus livros, como Paulo Coelho, que vê na prática uma oportunidade de ser cada vez mais lido. Outros autores utilizam outra estratégia para combater a pirataria: o preço simbólico. Há autores que cobram U$ 0,99 a cópia. É uma saída inteligente, já que a realidade mostra que é impossível acabar com a pirataria. O jeito é criar uma concorrência à altura.  

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