Quando falamos em produtos
piratas imaginamos calçadas cheias de banquinhas de camelôs recheadas de CDs,
DVDs, produtos eletrônicos e roupas fabricadas de forma ilegal. No caso do
livro, dificilmente (eu diria mesmo impossível) alguém verá uma banquinha com
um sujeito anunciando a venda de um calhamaço. Mas há livros piratas! São os
downloads ilegais, livros baixados de links não autorizados. O pen drive criou
uma nova forma de livro de bolso.
Um dos motivos para a pirataria
de livros é o preço. Os livros mais baixados são caros, são livros técnicos, de
informática e best-sellers. Outro motivo
é o fato do e-book ainda ser uma raridade no país. Para cada cem livros físicos
vendidos, vende apenas um digital. Para efeito de comparação, nos Estados
Unidos a relação é de cem livros físicos para 105 e-books.
Apesar da preocupação das
editoras, que em 2011 conseguiram tirar cerca de 48 mil links não autorizados
que fazia cópias de livros, há autores que até incentivam a pirataria dos seus
livros, como Paulo Coelho, que vê na prática uma oportunidade de ser cada vez
mais lido. Outros autores utilizam outra estratégia para combater a pirataria:
o preço simbólico. Há autores que cobram U$ 0,99 a cópia. É uma saída
inteligente, já que a realidade mostra que é impossível acabar com a pirataria.
O jeito é criar uma concorrência à altura.
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