Essa semana estava assistindo Bufo & Spalanzani, um ótimo policial
brasileiro, dirigido por Flávio R. Tambelini e baseado no livro homônimo de
Rubem Fonseca. Fiquei a pensar em como a telona é dependente da literatura. São
inúmeros os exemplos: Harry Potter, Ben
Hur, Xangô de Baker Street, entre muitos outros. Raro é o contrário: um
filme transformar-se em livro. Confesso que, não sendo um apaixonado por
cinema, apenas um “simpatizante”, prefiro ler a assistir.
O 65º Festival de Cannes
corrobora essa ideia. O livro de Jack Kerouac, On the road, será adaptado para o cinema dirigido por Valter Sales
e produzido por Francis Ford Coppola. Cosmópolis, baseado no romance de Don de
Lillo, será estrelado pelo bonitão de Crepúsculo,
Robert Pattinson, e será dirigido por David Cronenberg. Ambos os filmes
serão lançados nos cinemas em 23 de maio. Entre os filmes franceses também há
uma adaptação de Eurídice, de Jean
Anouilh.
A série de livros infantis Ernest e Célestine, de Gabriele Vincent,
com roteiro escrito pelo escritor Daniel Pennac. Meu sentimento por essa prevalência
da literatura na telona é ambíguo. Ao mesmo tempo em que mostra importância da
literatura, pode significar mais pessoas lendo menos. Para que o “sacrifício”
da leitura, a mentalização do que está na página do livro, se o cinema já traz
tudo prontinho?
Nenhum comentário:
Postar um comentário