O fato a ser lembrado nesse mês é o centenário do naufrágio do Titanic, que teria afundado na madrugada do dia 15 de abril de 1012, portanto, nessa madrugada. Criou-se em torno desse fato uma teia de informações que ninguém sabe onde termina o fato e onde começa a imaginação. O primeiro mito é que o naufrágio do Titanic teria sido a maior tragédia marítima da história, com 1.514 vítimas. Não foi! O incêndio de a embarcação filipina Doña Paz matou mais de quatro mil pessoas em 1987. Então por que se criou tanto mito em torno do naufrágio do Titanic? Por que o fato é tão lembrado até hoje, se houve tragédias muito maiores? Talvez por que tenha afundado na viagem inaugural depois de colidir num iceberg no meio do Oceano Atlântico e com a presença de celebridades a bordo.
Na história, sabemos que todo acontecimento tem heróis e vilões. No caso do Titanic é o comandante do navio, Edward John Smith. Tudo bem que ele não se compara a Francesco Schettino, comandante do Costa Concórdia, que foi o primeiro abandonar o navio. Mas ele não é tão herói assim. Smith foi imprudente ao não diminuir a velocidade do navio mesmo recebendo informações sobre a presença de icebergs na região. Ao permitir que botes salva- vidas saíssem parcialmente ocupados, deixou de salvar a vida de pelo menos 500 pessoas, um terço das vítimas.
O vilão é J. Bruce Ismay, diretor da White Star, administradora do navio, que não permitiu que se acrescentassem mais 44 botes por causa dos custos e da estética, já que, nesse caso, os botes a mais teriam que ser alojados no convés da 1ª classe. Ismay não violou a lei ao não permitir esses botes a mais. A legislação britânica previa para navio do tamanho do Titanic a presença de 16 botes. Portanto, a navio estava com quatro botes além do que rezava a legislação. Mesmo assim, Ismay passou o resto da vida como pária e viajando incógnito em trens e navios.
Outro grande mito é sobre a quantidade de tesouros guardados no cofre do navio naufragado. Por ter muita gente endinheirada a bordo, acreditava-se que o cofre estivesse recheado de ouro, joias e dinheiro. Isso despertou a ambição de caçadores de tesouros. Se deram mal! Em 1987, diante das câmeras de uma equipe de TV dos EUA, o cofre foi aberto. Dentro dele apenas um bracelete de diamantes. A fortuna que o Titanic carrega não está nos seus cofres, mas na imaginação de quem quer lucrar de alguma forma com ele.
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