Pode parecer implicância, mas não
é. Vou dizer novamente: igreja é a melhor e menos arriscada forma de se ganhar
dinheiro. Muito dinheiro. É isenta de impostos e vende um produto que o
“cliente” não tem como reclamar caso não o receba. Nunca vi ninguém voltar do
além para reclamar no Procon que foi parar no inferno e não no paraíso, cujo
ingresso foi comprado através do dízimo. Encontrar testemunhas então é
impossível. Todas tiveram o mesmo destino. Para provar que o dinheiro anda
fácil nesse setor, vamos aos números.
Não vou nem me referir à compra
de fazendas no valor de quase R$ 30 milhões feita pelo “missionário” Valdemiro
Santiago. Em dinheiro vivo! Fato denunciado pelo irmão siamês do “missionário”,
o “bispo” Edir Macêdo. Por falar nele, a sua igreja, a Universal do Reino de
Deus, comprou no início do ano um prédio no centro de Los Angeles por U$ 17,5
milhões. De dólares! Não se sabe qual o destino do novo imóvel, se vai ser
escritório da igreja ou mais circo de horrores, tão comum nos cultos da Universal.
Os “investimentos” de Macêdo não
param por aí. Seus emissários articulam a criação de uma canal aberto de TV
dedicado totalmente aos cultos da igreja, a iurdTV, que utilizará a estrutura
física e as retransmissoras da da Rede Família e da TV Mulher, como também
alugará outras retransmissoras no interior do país. Valores? Técnicos do setor
avaliam que o projeto não sairá por menos de R$ 100 milhões. É muito dízimo!
Mas ainda não acabamos.
A Band vai faturar R$ 280 milhões
de maio desse ano até maio de 2013 com a venda de 43 horas semanais para três
tele evangelistas: Valdemiro Santiago, da Igreja Mundial do Poder de Deus, R.R.
Soares, da Igreja Internacional da Graça e Silas Malafaia, aquele que tem um
problema freudiano mal resolvido com o movimento gay. Esse valor representa 30%
do faturamento bruto da emissora e 25,5% da sua grade de programação.
Não há no Brasil uma legislação
que regule a venda de horários pelas emissoras de TVs, que são concessões
públicas, nem esses programas televisivos das igrejas, que são isentas de
impostos e “vendem” o que querem, da cura à salvação. Está na hora de tributar
o dízimo!
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