Mario Puzo nasceu em Hell’s
Kitchen, bairro de Nova York, descendente de uma família siciliana, em 1920.
Publicou seu primeiro conto somente aos 30 anos, na revista American Vanguard. E não parou mais. Em
1955, escreveu A guerra suja, sobre
um veterano de guerra desambientado num país em paz. O livro foi muito bem
recebido pela crítica, mas ignorado pelo público. Em 1965, escreveu O imigrante feliz, com resultado
idêntico. O pulo do gato de Puzo veio quando recebeu um adiantamento de cinco
mil dólares para escrever um livro sobre a máfia.
Dotado de muitas informações
sobre os grupos mafiosos que atuavam em Nova York desde a época em que era
jornalista, Puzo publicou, em 1969, O
poderoso chefão, que o transformou numa celebridade literária. O personagem
principal do livro, Don Corleone, líder de umas das mais poderosas famílias
mafiosas que atuavam em território americano nos anos 20, é sem dívida um dos
mais marcantes da literatura moderna. O fato de está por traz de dezenas de
assassinatos não o torna menos atraente. Ao contrário: leva o leitor a refletir
sobre como o bem e o mal, o certo e o errado, o justo e o injusto.
A trama principal do romance é a
guerra entre as famílias mafiosas, tendo o mafioso como personagem central, mas
outro personagem, seu filho Michael, chama a atenção pela evolução pala qual
passa durante o romance: de um simples estudante universitário sem aptidão para
o crime à sucessor dos negócios ilegais da família. Chama a atenção também a
reconstituição do cenário norte americano pós Primeira Guerra: muito
convincente. É um livro que quem tem interesse por literatura moderna não pode
deixar de ler. Não é à toa que se tornou um clássico.
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