No dia 22 de setembro comemora-se
o dia do amante. Registrei aqui no blog , na ocasião, a data (link abaixo).
Naquela oportunidade, falei que, no triângulo amoroso do qual faz parte, esse
personagem é o lado mais importante por que é essa figura que dá sustentação ao
casamento, mesmo na clandestinidade (ou não!). Recebi três tipos de
comentários: aqueles que concordavam comigo (poucos), aqueles que levaram na
brincadeira (um pouco mais) e os indignados (muitos). Mas descobri que não
estou só nas minhas ideias que atentam contra “a moral e os bons costumes”,
expressão usada por alguns dos meus críticos.
A socióloga britânica Catherine
Hakim (foto acima), pesquisadora da London School of Economics, entrevistou usuários
de sites para infiéis e chegou à conclusão que os casais felizes traem. A
pesquisadora faz até uma analogia gastronômica sobre o assunto: “Gostar de
comer em casa diariamente não nos impede de ir ao restaurante de vez em
quando”. Segundo ela, em países onde a
infidelidade é vista como um pecado grave e um erro imperdoável, como os
Estados Unidos, metade dos casamentos acaba em divórcio. Na Europa,
onde a fidelidade no casamento não é algo tão importante assim, as taxas de
divórcio são bem menores. Na Espanha e na Itália, giram em torno de 10%.
Hakim já teve um livro lançado no
Brasil, Capital erótico, onde defende
o direito das pessoas de usar a beleza para subir na vida. Agora, acaba de
lançar The new rules: internet dating,
playfairs erotic power (em tradução livre, As novas regras: encontros pela internet, casos rápidos e poder erótico)
sem previsão de lançamento no Brasil, onde traz as suas conclusões sobre a
pesquisa feita nos sites de infidelidade.
Voltando aos comentários
recebidos, fui insistentemente acusado de atentar contra a moral e os bons
costumes e de ser um pervertido (olha o elogio!). Só acho que a monogamia deve ser uma questão
de escolha do casal, não uma imposição. Com relação à moral, o bom costume e
o pudor, nada tenho a me opor, desde que eles não passem da porta do quarto.
Aliás, não passem nem pelo corredor para não ruborizar com o que vai ouvir. O
quarto (ou outro lugar qualquer da escolha de quem usa) deve ser um altar à
devassidão. Só uma perguntinha com relação à analogia gastronômica feita pela
socióloga: pode ser rodízio?
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