Os representantes de Deus na
terra estão brigando. Há divergências entre os supremos representantes divinos
na terra. Tudo isso por casa de uma eleição. Ou ela que trouxe à tona as divergências.
Antes de ontem, o candidato do PT a
prefeitura de São Paulo, Fernando Haddad, recebeu o apoio de 20 líderes
religiosos. Foi apresentada uma pauta de reinvindicações, mas do que eles mais
reclamaram foi da “perseguição e do clima de medo” impostos pela atual
administração municipal (que apoia José Serra e a qual Haddad se opõe) através da
aplicação de multas e o fechamento de templos religiosos com a aplicação da lei
do “Psiu”.
A dita lei regulamenta o barulho
feito por casas noturnas, bares, boates e templos religiosos. Nada mais
correto! Por que será que evangélico tem que orar aos gritos? Será Deus surdo? Não
sou um sujeito dado à orações, acho-as inócuas, mas acredito que tal gesto é
contemplativo, voltado para o interior do seu ser. Sem contar que fé é algo
pessoal e intransferível, não dá para ficar alardeando histericamente no que
você acredita. Tem que multar mesmo! E se não obedecer tem que fechar mesmo! Não
somos obrigados a ouvir o que não queremos.
O grupo de apoio a Haddad fez
críticas ao também pastor Silas Malafaia (aquele que tem uma obsessão
freudianamente não explicada contra os homossexuais), da Igreja Vitória em
Cristo, que se opõe ao candidato petista por (adivinhem!) ter lançado, quando
era ministro da educação, o “kit gay”, que nada mais é do que um kit com um DVD
que tem o objetivo de combater a homofobia nas escolas. O pastor ficou
histérico! A dúvida agora é: qual dos dois grupos será condenado ao fogo dos
infernos e qual será recebido nos braços celestiais? Quem morrer primeiro
saberá!
Prefiro ficar sem saber.
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