Eu vi Black Bloc de verde e
amarelo torcendo pela Seleção Brasileira. Eu via a Mídia Ninja cobrindo a
concentração canarinho e pedindo autógrafo do Neymar. Eu vi uma multidão acompanhando
o ônibus da seleção a caminho dos estádios. Eu vi o patriotismo aflorar em cada
canto desse país, pintado com as cores da bandeira nacional desde o asfalto das
ruas aos cabelos dos patrióticos cidadãos.
Tudo isso até a “fatídica”
derrota do nosso esquadrão para a Alemanha por 7 a 1. A partir daí, os Back
Blocs e sua Mídia Ninja já avisaram que a “revolução vai começar”, não se vê
mais ninguém acompanhando o ônibus da Seleção (só para xingar) e vi seis
desamparados torcedores à espera dos “heróis” na porta da concentração. O patriotismo
do brasileiro dura 90 minutos! Dependendo do resultado, uma prorrogação ou uma
decisão por pênaltis.
Não defendo a baderna. Acho que
lugar de Black Bloc vândalo é na cadeia. Mas se o sujeito diz que “não vai ter
Copa”, tente fazer valer a ameaça e saia na rua durante os jogos e faça muito
barulho para que sua reclamação seja ouvida. Mesmo que tenha Copa, faça com que
todos ouçam a sua insatisfação. Mas isso não aconteceu! Até o governo
acreditava que o mês da Copa seria um mês difícil, com reforço da segurança nas
cidades sedes.
E o que se viu? Lágrimas de
revolucionário Black Bloc depois da derrota para a Alemanha. Prantos
revolucionários patrióticos depois do 7 a 1. E por que isso? Por que brasileiro
é frouxo! Brasileiro é revolucionário de sofá. Nas redes sociais eles denunciam
“conspirações” de que o Brasil comprou a Copa para Dilma ganhar a eleição;
depois da derrota acachapante na semifinal, a “conspiração” é que o Brasil
vendeu a copa não sei exatamente para que.
O brasileiro, do alto da sua sapiens rés, imbuído de todo o seu senso
de oportunidade e impregnado do sentimento originário da lei de Gerson, prefere
ficar ao lado dos vencedores, mesmo que os perdedores tenham sido os antigos
“heróis” da Seleção canarinha.
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