Cheio de clichês e incoerências. Assim
eu definiria em poucas palavras o filme Segurança
nacional, uma produção de 2006 do diretor Roberto Carminatti. Uma mistura
canhestra do seriado 24 horas e do
filme Duro de matar. O problema é que
Segurança Nacional é duro de
assistir! Ah! Poderia dizer também que o filme é de um ufanismo ingênuo gritante.
Era para ser um filme de ação, mas faz rir mais do que muita comédia. A um
custo de R$ 5 milhões, o filme foi produzido em 2006, mas finalizado apenas em
2010. Tanto tempo para tão pouco filme...
O Brasil está sob o ataque de
terroristas/traficantes que ameaçam explodir uma bomba com alto poder de
destruição em Manaus para forçar o governo brasileiro a desativar o SIVAM
(Sistema de Vigilância da Amazônia). Nesse momento, entra em cena o agente Marcos
Rocha (Thiago Lacerda), considerado o melhor homem da ABIN (Agência Brasileira
de Inteligência), uma espécie de Jack Bauer capenga ou um John McClane mal acabado.
O autor das ameaças é o colombiano Hector Gasca (Joaquín Cosio) uma caricatura
de traficante que vê todas as suas tentativas de ataque ao Brasil serem
desmascaradas pelo mocinho da ABIN.
O filme é recheado de situações
inverossímeis, como a ocasião é que o traficante terrorista liga para o Palácio
do Planalto e consegue falar diretamente com o presidente da República como
quem liga para o quitandeiro da esquina para encomendar-lhe uma barra de sabão.
Ou quando o presidente chega numa escola primária, cumprimenta as crianças e
depois faz um discurso sobre terrorismo e como é dever de todos defender país. Será
que as criancinhas terão que pegar em armas e correr atrás de terroristas?
Clichês não faltam! Tem a mocinha
virginal que é apaixonada pelo mocinho que dedica tempo integral à defesa da
nação (claro que com fundo musical); essa mesma mocinha virginal vai ser sequestrada
pelo vilão e será salva das mãos do perigo pelo seu herói tupiniquim; tem o
vilão desalmado na mesma proporção em que é atrapalhado que levará a pior no
final. Tem de de tudo em Segurança
nacional, menos um bom filme...
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