segunda-feira, 20 de maio de 2013

Cinema nacional: Bens confiscados


Em Bens confiscados (2005), do diretor gaúcho Carlos Reichenbach, a corrupção em Brasília serve de pano de fundo para o drama de Serena (Betty Faria), ex-amante do senador Américo Baldini. Bombardeado por denúncias de corrupção e tráfico de influência pela mulher, Valquíria (Nicete Bruno), que descobre seus inúmeros casos extraconjugais; e depois do suicídio de uma de suas amantes, o senador pede para que Serena esconda seu filho bastardo Luís Roberto (Renan Gioeli) da imprensa numa praia deserta no sul do Brasil. Na realidade foi um sequestro, já que o adolescente não tinha nenhuma simpatia pelo pai e nem queria se esconder.
O filme foi exibido pela primeira vez no 15º Cine Ceará, no momento em que o país era chacoalhado por denúncias de que o tesoureiro do PT, Delúbio Soares, teria pago mesadas aos parlamentares que faziam parte da base de apoio ao Presidente Lula, episódio conhecido como “Mensalão”. No entanto, o roteiro se parece mais com a troca de acusações feita pelo ex-prefeito Celso Pitta e sua ex-mulher, Nicéa Camargo.
O ponto fraco do filme é a atuação do jovem Renan Gioeli, na época com 17 anos, no papel do filho do senador. Com uma atuação apagada, o jovem não corresponde ao fato de o filme ter sido lançado num momento em que se falava muito em corrupção (até hoje!). "O menino foi escolhido entre mais de 150 candidatos. Tinha 17 anos na época [da filmagem] e foi assustador para ele contracenar com Betty Faria como seria para qualquer outro”, saiu em defesa do ator o diretor do filme. Pode ser, mas é um filme que é apenas um bom passatempo.   

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