Stefan Zweig nasceu em Viena, na
Áustria, e era escritor, poeta, romancista, dramaturgo, jornalista e biógrafo.
No entanto, aqui no Brasil, país que o acolheu após as perseguições nazistas na
Europa e onde viria cometer suicídio em 1942, Zweig se tornou conhecido pelo
ensaio Brasil, país do futuro, de
1942. Mas a obra de Zweig vai muito além desse ensaio, principalmente suas
biografias, e remonta o ano de 1902, com uma coletânea de contos chamada Cordas de prata.
Recentemente li 24 horas na vida de uma mulher, uma
novela, ou um grande conto, que se passa em um hotel Monte Carlo, onde um grupo
de ricos viajantes se encontra reunido. Entre eles, um polido jovem seduz
Henriette, casada e com dois filhos, que deixa uma carta de despedida para o
marido. A partir daí, a fuga de Henriette passa a dominar todas as conversas, a
maioria condenando a atitude da adúltera, a exceção do narrador, que tenta
justificar o ato, mesmo a mulher tendo trocado apenas uma ou duas conversas com
o jovem e sedutor e tendo abandonado filhas e marido.
Surpresa com a atitude do
narrador em meio a tantas condenações, Mrs. C. uma senhora do grupo, resolve
lhe contar uma história acontecida vinte anos antes e nunca revelada a ninguém.
São as 24 horas que dão nome ao livro. Já viúva, aos 40 anos e com os filhos
criados, Mrs. C. conhece um jovem num casino de Monte Carlo quer tinha perdido
tudo no jogo. Temendo um ato radical do jovem após falir na mesa de jogo, Mrs.
C. resolve ajuda-lo e nas 24 horas seguintes tomará surpreendentes. Não causa
surpresa que Freud tivesse predileção por esse texto, que é marcado pelo sexo
(não explícito) e pela culpa (principalmente de Mrs. C.).
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