Em O ladrão do tempo, o escritor irlandês John Boyne mostra a mesma
habilidade para contar histórias mostradas no seu Best seller O menino do
pijama listrado (2006). Aliás, a capacidade de Boyne de contar histórias é
algo extraordinário. Seus livros prendem o leitor do início ao fim. Primeiro
romance de Boyne, lançado em 2000, só chamou a atenção do público depois do
estrondoso sucesso do seu livro mais famoso, que recebeu uma adaptação para o cinema
em 2007. Tanto que só foi lançado no Brasil depois do sucesso de O menino do pijama listrado.
Aos quinze anos, Matthiew Zelá
viu seu padrasto matar sua mãe. Depois da execução do assassino, pegou seu
meio-irmão, Tomas, de seis anos, embarcou num navio, onde conheceu Dominique
Sauvet, atravessou o Canal da Mancha e foi tentar a vida na Inglaterra. Meses
depois, foi embora, rodou o mundo, casou inúmeras vezes e não teve filhos. Nada
de extraordinário se Zelá não tivesse presenciado o assassinato da mãe em 1758
e estivesse contando a história em 1999. Isso mesmo! Zelá percebeu, antes dos
cinquenta anos, que não envelhecia.
Não envelhecendo, Zelá viu todos
os descendentes do seu meio irmão morrerem jovens e de forma trágica. Com mais
de duas décadas de idade, Zelá vai tentar salvar a vida de Tommy, mais um
descendente de Tomas, que é ator, viciado em drogas e vive metido em confusões.
Com sua incapacidade para envelhecer, Zelá vai tomar parte de vários
acontecimentos importantes dos últimos dois séculos, como a Revolução Francesa,
o renascimento das olimpíadas, o início da Revolução Industrial, a quebra da
Bolsa de Nova York, nos anos 20 e as duas guerras mundiais. Um livro com a
marca de John boyne.
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