Quem é apaixonado por futebol não
necessariamente gostará de Heleno (2012),
do diretor José Henrique Fonseca. O filme não é sobre futebol, mas sobre a
meteórica e explosiva carreira de um craque dentro e fora das quatro linhas,
com a bola e com as mulheres. Heleno de Freitas, jogador do Botafogo, pode ser
considerado o primeiro jogador-problema da história do futebol. Fenômeno com a
bola no pé, era mulherengo compulsivo e tinha sérios problemas com álcool.
Definitivamente, Heleno,
interpretado por Rodrigo Santoro, não era um jogador comum. Dentro de campo “carregava”
o time nas costas, fora dele era um homem refinado, com cara de galã de cinema,
formado em Direito e que cantava no rádio em um inglês impecável. Mas tinha um
temperamento irascível! Brigava (literalmente) com qualquer um que não tivesse
o comportamento que ele esperava que tivesse, desde os colegas de time até os
frequentadores das festas black-Tie do Copacabana Palace, onde o jogador era figura
conhecida.
Com parte dos custos patrocinados
por Eike Batista, botafoguense de coração, o filme teve um orçamento
considerado baixo, R$ 8,5 milhões. Mas isso não comprometeu a qualidade do
filme, que é ousado ao ser rodado em preto-e-branco. Retratando de forma dura
um dos ídolos do Botafogo, coloca-o como uma figura narcisista e egoísta, com
compulsão por mulheres drogas e álcool. Uma figura fadada a um fim trágico,
como de fato aconteceu. Um filme e tanto...
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