Numa madrugada de um sábado
qualquer, estava eu curtindo um ócio e viajando de canal em canal quando me
deparo com Uma linda mulher (1990),
aquele filme “mela cueca” que leva o mulherio e alguns marmanjos às lágrimas.
Não me recordo se o filme recebeu alguma premiação da indústria cinematográfica
na época, mas se existisse um prêmio Nobel de psicologia, o roteirista deveria
ser agraciado. Jamais um filme, pelo menos que a minha fraca memória se lembre,
descreve de forma tão fidedigna a alma feminina.
Vamos ao fato. A mocinha, a dita
“linda mulher”, é uma prostituta requenguela de beira de calçada que não tem
onde cair morta que cobra U$ 100 a hora (ou seria U$ 300?). Certa e felizarda
noite a mocinha está no seu posto de trabalho, quando aparece um ricaço bonitão
solitário que CONTRATA SEUS SERVIÇOS por algumas horas. Como a solidão
persistia, CONTRATOU SEUS SERVIÇOS pelo resto da noite. Quando terminou a noite
e a maldita solidão não ia embora, o ricaço CONTRATOU SEUS SERVIÇOS pela semana
inteira.
No decorrer da semana, o ricaço,
um homem gentil e educado, deu uma recauchutada na mocinha, comprando-lhe
roupas e joias. Até aí beleza! NEGÓCIOS SÃO NEGÓCIOS. Quando a semana
CONTRATADA se aproximava do fim, a mocinha já começou a fazer beicinho, fazer
muxoxo, dizendo que não queria o dinheiro pelo qual foi CONTRATADA e que queria
um conto de fadas. Opa, Peraí! E os NEGÓCIOS?
Perdoem-me os românticos, mais
precisamente as românticas, mas CONTOS DE FADAS NÃO EXISTEM. Se você encontrar
um príncipe por aí, desconfie. Mas se mesmo assim você insistir em acreditar,
não case. O CASAMENTO TRANSFORMA QUALQUER PRÍNCIPE EM SAPO, QUALQUER FADA EM
BRUXA. Contos de fadas só existem em filmes hollywoodianos, mais precisamente
nas produções “mela cuecas”, aquelas em que o mulherio se debulha em lágrimas.
Por falar em mulherio, o filme mostra, acima de tudo, que se você der a mão...
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