A jornalista Margareth Mitchell
(1900-1949) escreveu ...E o vento levou durante
uma longa convalescença em decorrência de um atropelamento. Foi seu primeiro e
único romance, mas que vale por dúzias de romances escritos por muitos
escritores por aí. Mitchell escreveu não apenas um grande clássico da
literatura universal, mas também construiu um dos personagens mais marcantes da
literatura, Scarlett O’Hara, aquela que tanto pode ser mocinha como vilã,
dependendo em que página você está lendo.
Lançado em junho de 1936, o livro
tinha vendido um milhão de exemplares quatro meses depois. Em maio do ano
seguinte, o livro foi premiado com o prêmio Pulitzer e, no decorrer dos anos,
traduzido para 51 idiomas. Tendo como pano de fundo a Guerra Civil Americana (1861-1865)
que dividiu o país entre nortistas e sulistas com interesses irreconciliáveis,
o romance é centrado em Scarlett, a típica filha de família sulista, mimada, rica
e fútil, mais preocupada com roupas e namoricos do que com a origem da fortuna
da família. Até quem vem a guerra...
O grande trunfo de Mitchell ao
construir o personagem Scarlett é transformá-la, a medida que a guerra e fome
avançam, numa mulher forte, corajosa e manipuladora, que alterna gestos
mesquinhos com momentos de extremo altruísmo. Scarlett passa todo o livro
apaixonada (ou pelo menos acredita que está) por um banana chamado Ashley, que
é casado com Melly, para quem Scarlett dedica, alternadamente, um sentimento de
gratidão e ódio.
Outro grande personagem do livro
(além de Scarlett) é Rhett Butler, um sujeito misterioso de personalidade forte
que só faz o que quer, mas que sempre está presente nos momentos mais difíceis
de Scarlett. Apesar de salvar sua pela em algumas ocasiões, Scarlett devota a
Butler um ódio mortal (pelo menos ela credita nisso). Um livro que um amante da
boa literatura não pode deixar de ler...
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