Concordo com aquela máxima que o
futebol não tem lógica. Dentro de campo. Por isso é um esporte tão apaixonante.
Nem sempre o melhor vence. Isso não acontece em outros esportes. Mas a lógica
que falta dentro de campo deveria sobrar fora dele. Principalmente na
administração dos clubes. Isso não vem acontecendo. Falta não apenas lógica,
mas racionalidade. Talvez isso explique a situação de penúria em que se
encontra a maioria dos clubes brasileiros, mesmo com torcidas numerosas e
apaixonadas.
Vejamos apenas o ultimo exemplo
entre tantos. Imagine um funcionário de uma empresa que procura seu chefe e
pede demissão alegando que não se sente mais capaz de dá 100% do seu potencial,
que não consegue trabalhar “pela metade”. Será que outra empresa faria uma
proposta de trabalho para esse profissional se dispondo a pagar-lhe três vezes
mais do que ele ganhava? Isso aconteceu
com o jogador argentino Riquelme, do Boca juniors.
Após a final da Libertadores, o
jogador comunicou ao clube que não mais jogaria pelo Boca alegando os motivos
já citados. De imediato o Flamengo ofereceu um contrato ao jogador, que
ganharia no clube carioca R$ 500 mil mensais. Três vezes o que ele ganha no
Boca. E ele recusou! Recusou por causa de uma das consequências dessa falta de
lógica na hora de administrar: a falta de pagamento. Ter um contrato com um
clube brasileiro não é garantia que de vá receber no final do mês. A insanidade
do clube também está em fazer uma proposta dessa a um atleta de 34 anos que, a
olhos vistos, não é mais aquele jogador de dez atrás. Pra sorte do Flamengo,
ele recusou.
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