Um jornalista em final de carreira
acomodado que se conforma com a seção de óbitos de um jornal e com um emprego
público. Esse é Custódio de Paiva Lima, o personagem narrador de A faca e o mandarim, de Sinval Medina, publicado
em 2004. Em agosto de 1954, após o assassinato do presidente Getúlio Vargas,
Custódio, que tinha como única perspectiva a aposentadoria, decide aproveitar
uma licença-prêmio para escrever sobre o senador Pinheiro Machado, seu bem
feitor que lhe conseguiu a “colocação” no governo e que foi assassinado em
1915.
O livro é o prosseguimento da
série de romances de época iniciada pelo autor em 1983 com Memorial de Santa Cruz e Tratado
da altura das estrelas, de 1997. Com um vocabulário rico, mas sem pedantismo,
o autor nos apresenta, nesse romance, um panorama da política brasileira do
início do século XX. Vale a pena ler...
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