Jogadores de futebol, em sua maioria, falam todos iguais. Parece que o sujeito recebe um formulário já pronto, onde ele só tem que colocar o nome dele. A fórmula é a mesma. Quando tentam fugir do script, alguns terminam falando frases que entram para o folclore do futebol. Lembro que nos anos 70 (eu era criança) o Campinense tinha um jogador chamado Pedrinho Cangula, que é pai do Marcelinho Paraíba, jogador do Sport do recife. Certa vez, ao final de uma partida, perguntado como tinha feito determinado gol, respondeu: “eu fiz que ia e não fui, mas terminei fono.” A autoria da frase não é comprovada. No quesito “conjugação de verbos”, Nunes, ex Fla, e Cangula estudaram na mesma escola, apesar do ex rubro-negro negar a autoria da frase a seguir: “A bola ia indo, ia indo e iu...”. Como será a conjugação do verbo voltar?
Mas as gafes verbais não estão apenas dentro de campo. Vicente Mateus era presidente do Corinthians nos anos 70 e 80 e respondeu dessa forma aos franceses que queriam contratar o jogador Sócrates: “O Sócrates é invendável, inegociável e imprestável.” O jogador deve ter ficado muito contente. Voltando aos gramados a épocas mais recentes. Dimba, ex Fla e ex Botafogo, ao reclamar que um juiz teria roubado a sua equipe, disse que aquilo era caso “para a Polícia Federal, para o FMI.” Não seria o FBI? Fábio baiano, ex Fla e ex Vasco, sempre foi uma figura divertida, menos para os jogadores que ele marcava. Certa vez, no avião, ao tentar elogiar a aeromoça, disse que a moça “além de muito bonita, era uma troglodita (poliglota) muito inteligente”. A moça deve ter ficado nos ares de contentamento.
Mas tem três frases que deveria entrar no Top Five (olha a gafe) das frases folclóricas. A primeira delas é atribuída a Claudiomiro, ex inter, que ao chegar à Belém para disputar uma partida pelo Brasileirão de 1972, disse: “Tenho o maior orgulho de jogar na terra onde Jesus Cristo nasceu." Jesus deve ter descido da cruz. A segunda é atribuída a Fabão, ao chegar ao Fla:” A partir de agora, meu coração tem uma cor só: é rubro-negro." Por último temos a pérola de Jardel, ex Grêmio, que era um craque não apenas com a bola no pé, mas também em produzir gafes verbais: "Eu, o Paulo Nunes e o Dinho vamos fazer uma dupla sertaneja." E que dupla...
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