É lamentável a situação do ex-baixista da banda Legião Urbana, Renato Rocha. De acordo com o programa da Rede Record, Domingo espetacular, o ex roqueiro é morador de rua a cinco anos, no centro do Rio de Janeiro. Negrete, como era mais conhecido, fez parte da banda entre 1985 e 1989, participando da gravação dos três primeiros álbuns da Legião (Legião Urbana, de 1985, Dois, de 1986 e Que país é esse?, de 1987) e sendo coautor de canções como “Ainda é cedo”, “A dança” e “Mais do mesmo”, entre outras. Renato Rocha saiu da banda em 1989.
Na época, muito se especulou sobre a sua saída da banda. A versão oficial era de que o músico não estava contente com a música que os parceiros faziam, preferindo mais o Punk. Sabe-se hoje que os problemas envolviam drogas e álcool, que provocavam atrasos a voos e ensaios. Numa entrevista concedida à ISTOÉ GENTE, em 2001, Renato admite o envolvimento com as drogas na Era Legião e na ocasião da entrevista já passava por problemas financeiros, quando diz que procurou Dado Villa-Lobos, ex guitarrista da banda, para pedir R$ 200 emprestado.
O que leva um sujeito que conheceu fama e dinheiro ir parar na rua? Certamente que as drogas e o álcool colaboraram, apesar dele não admitir, mas não é só isso. Na entrevista de 2001, Renato falou que desde que deixou a Legião, em 1989, não mais trabalhara e vivia dos Royalties dos discos lançados na época da legião, cerca de R$ 1.800 mensais, e ensaiava uma volta aos palcos e aos estúdios com uma banda chamada Cartilage. Como se vê, o projeto não deu certo. Um dia o dinheiro acaba. O fato é que é lamentável um músico que fez parte da história do rock brasileiro, integrante de uma das bandas mais importantes desse movimento viver numa situação degradante como essa.
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