quarta-feira, 14 de março de 2012

Gênio ou louco?

Há escritores que conseguem atrair a atenção do leitor para a sua obra por causa da genialidade. Outros por causa da loucura das suas idéias. E ainda há aqueles que se enquadram nas duas categorias: gênio e louco. Lendo uma entrevista do escritor espanhol J. J. Benitez na Folha.com fiquei na dúvida onde ele se enquadrava. Gênio ou louco, o fato é que ele despertou em mim a curiosidade pela sua obra. Suas idéias são, no mínimo, intrigantes.

A obra mais caudalosa de Benítez é a saga Cavalo de Tróia, cujo primeiro livro foi lançado em 1984 e o nono, e último, no ano passado. A série, que mistura histórias bíblicas com teorias alienígenas, conta a história de dois pilotos da Força Aérea Americana que, sob o comando da Agência Espacial Americana, viajam no tempo e acompanham os últimos anos de Jesus Cristo.

Benítez garante que a história não é tão fantasiosa como muitos querem crer. Segundo ele, a história foi registrada por um dos pilotos num diário. Como esse diário chegou às mãos do escritor? Ele não revela. Mas segundo ele, o piloto, Jasão, morreu em 1981. O escritor se destaca por buscar refutar sistematicamente a Bíblia e desmistificar os seus personagens. Vou começar a juntar os nove volumes de Cavalo de tróia. Voltarei a falar sobre o assunto...

Um comentário:

  1. Saudações crísticas, e literárias, Alexandre!
    Boa tarde!

    Já li os volumes de 1 a 4, e posso dizer, e acredito que tu terás algumas das impressões que tive. Tudo é muito verossímil. E quando questionei um grande professor que tive, na faculdade de Agronomia sobre as questões de ordem da Física, o que me surpreendeu, em sua resposta, não foi uma pretensa impossibilidade de se viajar para trás, no tempo. Mas, questões de ordem teológica.

    Entretanto, não se trata de refutar da Bíblia, como tu dizes. Mas, de refutar aspectos dos vários textos bíblicos que foram alterados, de alguma forma. O aspecto moral do Cristo, por exemplo, permanece inalterado. Em outro momento posso me explicar, melhor.

    A série é, apaixonante, e mostra um Cristo, e tu terás oportunidade de perceber isso, ao longo dela, muito humano, em sua divindade, e muito divino, em sua humanidade. E, realmente, isso vai muito além das limitações de boa parte dos textos, na Bíblia. Há que considerarmos muita coisa, em termos de outras literaturas que poderiam auxiliar Benitez, numa composição do personagem Jesus, para Cavalo de Troia. Mas, muitos trechos da série são tão "verdadeiros", tão, aparentemente, autênticos que não é difícil admitirmos a possibilidade de que só alguém que lá esteve poderia falar com tanta propriedade.

    Espero poder trocar ideias sobre Cavalo de Troia com você, em breve!

    Abraço fraterno!

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