Pulp é o ultimo e mais atípico dos romances de Bukowski. Não é
autobiográfico e o protagonista não é o alter-ego do autor, Henry
Chinasky. Concluído alguns meses antes
da morte do autor, em 1994, o romance é uma mistura de história noir de
detetive, subliteratura e filmes B, porém é impossível não observar as marcas
registradas do “escritor maldito”, como os palavrões, o humor ácido e as
reflexões pessimistas sobre a vida.
Neste romance de
Bukowski somos apresentados a Nick Belane, um detetive beberrão, encrenqueiro e
de maus modos, autointitulado o “melhor detetive de Los Angeles”. Com uma
tendência para resolver casos no mínimo inusitados, Belane é contratado por uma
certa Dona Morte para encontrar um homem chamado Celine, que vem a ser o
escritor francês maldito, falecido em 1961, que influenciou Bukowski.
Enquanto tenta achar o falecido
escritor, Beline é contratado por um marido desconfiado para descobrir se a sua
esposa é adúltera. Sendo o “melhor detetive de Los Angeles”, Beline só consegue
flagrá-la uma vez na cama com um homem: o próprio marido. Outra missão
inusitada de Beline é livrar um vendedor de caixões de um extraterrestre que o
domina. O problema é que o extraterrestre é uma exuberante mulher que também
domina Belane.
Mas a missão mais difícil de
Belane é encontrar o Pardal Vermelho. Mas o que vem a ser o Pardal vermelho?
Entre as bebedeiras e as trapalhadas de Belane você descobrirá. Mas antes verá
a forma desdenhosa como Bukowski via a vida humana. A presença de um personagem
que simbolizava a morte pode ser um indício de que o “velho Buck” sabia que
estava em seus últimos suspiros.
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