Ao assistirmos Vai que dá certo (2012), do diretor
Marcelo farias, a única certeza que temos é que o filme é uma paródia de tipos
caricatos paulistas. Depois disso, o que se vê é uma sucessão de falta de
lógica, como alugar armas de verdade para cometer um sequestro e um assalto de
mentira, ponto de partida de todas as trapalhadas dos personagens. Nem o
quartel-general do chefão do tráfico, de quem os atrapalhados personagens
alugam as armas, parece de fato uma periferia.
Rodrigo (Danton Mello) falta ao
trabalho para farrear com os amigos, é demitido e expulso de casa esposa; os
irmãos Vaguinho (Gregório Duvivier) e Amaral (Fábio Porchat) são donos de uma
loja de games à beira da falência; o professor de inglês, Tonico (Felipe Abib),
não consegue dá aulas e vive na mesma pindaíba. Esses homens-adolescentes vão
receber o convite do amigo de infância, Danilo (Lúcio Mauro Filho) para forjar
um sequestro e assalto na empresa em que ele trabalha. Aí começam as
trapalhadas...
Colocar comediantes cariocas
interpretando personagens paulistas não pode dá em outra coisa que não seja tipos
caricatos com sotaques típicos de novelas da Globo. E caricatura é o que não
falta: Bruno Mazzeo aparece como um político caricato, Paulo. O que escapa é a
interpretação de Gregório Duvivier: sabe fazer piadas sem parecer calculado e
sem atropelar a fala dos outros personagens. Um filme para relaxar, tão somente
isso...
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