O documentário Reidy: a construção da utopia (2010),
dirigido por Ana Maria Magalhães, trata da trajetória, estritamente
profissional, de Affonso Eduardo Reidy (1909-1964), arquiteto e urbanista
nascido na França, filho de mão brasileira e pai inglês. A diretora, atriz
bastante ativa nos anos 70, estreou na direção de longas de ficção com o
desastroso Lara, de 2002, e parece
não ter tido melhor sorte nessa nova empreitada.
A princípio, o documentário pode ser
considerado um filme acadêmico, voltado para arquitetos, por causa de sua
narração institucional e monótona e suas inúmeras legendas explicativas. Como o
avançar da narrativa possível a inclusão dos simples mortais, quando começam a
surgir imagens de monumentos conhecidos do Rio de Janeiro e que tem a
assinatura do arquiteto homenageado, como o Museu de arte Moderna e o Aterro do
Flamengo.
Apesar de Reidy ser considerado
um utópico (e acho que a utopia não se separa da poesia), Ana Maria Magalhães
conseguiu fazer um filme mais técnico do que poético. Quem não é da área se
sente um pouco perdido entre tantos termos técnicos. O personagem-título do
documentário é interessante, faltou à direção do filme tato para conduzi-lo de
forma que atingisse o grande público. Um filme chato!
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